Natal. Essa data me lembra parentes que só te vêem uma vez a cada ano se sentindo íntimos e perguntando coisas da sua vida - que você e ele sabem que não interessa. Você não quer responder e ele não está interessado na resposta. Ou quando está interessado, pergunta quando você vai casar, quando vai ter filhos ou quando vai terminar a faculdade. E os presentes? Bom quando você tem 12 anos e ganha o videogame do ano. Quando você já tem a minha idade fica um pouco desconfortável receber presentes sem presentear. E se você for uma pobre universitária como eu, desista. Um pouco de semancol não faz mal a ninguém. E o papa? Sem entrar nos méritos de religião - que havendo a possibilidade de Jesus e companhia terem existido não acredito que ele tenha sido santidade toda não - aquele cara só aparece nessa data do ano pra celebrar uma missa com uma palavra morta. E pra quê tanta comida? Até a meia noite o povo já beliscou tanto que na hora da ceia ninguém come satisfatoriamente. Sobra tudo pro dia seguinte e aí, nem fica tão gostoso assim. Isso pra não falar dos especiais da Globo, que não sei o que é pior: Xuxa pagando de freira ou Roberto Carlos cantando com a bateria da Beija-Flor (insulto às agremiações carnavalescas). A Globo insiste em celebridades falidas. A única coisa boa disso tudo é que pelo menos nessa época do ano eu vejo minha família reunida e em algum dia da semana passa Anastacia, e esse eu assisto a 11 anos. Feliz Natal.
24 de dezembro de 2008
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