Estive ausente do fruta porque fui à São Paulo para o prestigiar a união do meu irmão Rafael e da sua noiva Vivi. Nunca tinha pisado meus pés 37 em SP na minha vida e, chegando à cidade a primeira coisa que vejo é um cara engravatado desabotoando a camisa com uma mão e segurando uma lata de skol na outra. Rapidamente ele tomou o primeiro gole e ficou a esperar o ônibus. Mais à frente, vejo uma mulher com a barriga caindo por cima da calça enquanto devorava um pacotão de cheetos. E mais um pouquinho adiante um casal de namorados trucidando um pastel de queijo em uma pracinha que vendia de soutiens a crepes e churros.
Pensei: GENTE NORMAL. Que gostoso é ver as pessoas transitarem sem muito que se importar com os outros. Eram 17h ainda e os bares de Santa Cecília estavam lotaaaaaaados. Eram aniversários, comemorações de final de ano, amigo oculto ou simplesmente aquele encontro após o trabalho. O paulista vive para trabalhar e não é a toa que ás 17h ele vá merecidamente tomar aquela cervejinha para relaxar.
Mais tarde fui jantar e um rapaz da minha idade mais ou menos, bem vestido, cabelo arrumado, todo perfumadinho se aproximou, e antes que meu ego pudesse falar mais alto, ofereceu um dos sabonetes em forma de cachorro que estava vendendo, de bar em bar, de restaurante a restaurante às 20h da noite. Inevitável foi a comparação entre o itajaiense que morre de vergonha e se recusa a trabalhar no pescado, a maior gama de emprego da cidade e aquele jovem que estava ali a vender sabonetes como ambulante.
Fiquei emocionada e não deixei de pensar no que poderia ser a vida dele, ele poderia estar vendendo na noite para comprar remédio para a mãe doente, para pagar a faculdade, ou simplesmente para comprar suas roupas de marca e seu perfume importado. Honestamente, isto pouco importa. Aquele garoto, para mim, é um exemplo de superação.
Ah, e os motoboys? Não pude não ficar alarmada com aqueles motoqueiros voando e quase arrancando o retrovisor junto à eles! Vão passando e buzinando como quem diz: saia da frente porque eu estou passando!. Incrível como tudo aquilo que passa na TV sobre barbáries e mortes no trânsito é a mais pura verdade.
Me impressionou também, saber que o Maluf mandou construir prédios na frente das favelas para tapar a imagem feia para a cidade que elas representam. E assim fica, prédios lindos na frente, a realidade nua e crua por trás. E como parede de um dos barracos de madeira, um cartaz de divulgação do ex prefeito.
A cidade é pura correria, o povo é educado mas não simpático e até os próprios paulistanos se perdem com tantas ruas e avenidas. Quem conhece São Paulo entende o porquê da resistência das mulheres que participam do Vai dar namoro, quadro do programa
O Melhor do Brasil da Rede Record, em conhecerem pessoas de bairros diferentes. É um parto se locomover de um bairro pro outro, e em virtude do gasto emocional e principalmente financeiro, melhor é se relacionar com alguém do mesmo bairro, rua e melhor ainda prédio.
A cidade me dá a impressão de lugar habitado. De pessoas habitadas. O corre-corre, os bares cheios, os pagodes no domingo, os grafites espalhados pelos muros me dão a sensação urbana que eu tanto gosto. Eu adorei São Paulo e assim que puder, volterei novamente.
Pensei: GENTE NORMAL. Que gostoso é ver as pessoas transitarem sem muito que se importar com os outros. Eram 17h ainda e os bares de Santa Cecília estavam lotaaaaaaados. Eram aniversários, comemorações de final de ano, amigo oculto ou simplesmente aquele encontro após o trabalho. O paulista vive para trabalhar e não é a toa que ás 17h ele vá merecidamente tomar aquela cervejinha para relaxar.
Mais tarde fui jantar e um rapaz da minha idade mais ou menos, bem vestido, cabelo arrumado, todo perfumadinho se aproximou, e antes que meu ego pudesse falar mais alto, ofereceu um dos sabonetes em forma de cachorro que estava vendendo, de bar em bar, de restaurante a restaurante às 20h da noite. Inevitável foi a comparação entre o itajaiense que morre de vergonha e se recusa a trabalhar no pescado, a maior gama de emprego da cidade e aquele jovem que estava ali a vender sabonetes como ambulante.
Fiquei emocionada e não deixei de pensar no que poderia ser a vida dele, ele poderia estar vendendo na noite para comprar remédio para a mãe doente, para pagar a faculdade, ou simplesmente para comprar suas roupas de marca e seu perfume importado. Honestamente, isto pouco importa. Aquele garoto, para mim, é um exemplo de superação.
Ah, e os motoboys? Não pude não ficar alarmada com aqueles motoqueiros voando e quase arrancando o retrovisor junto à eles! Vão passando e buzinando como quem diz: saia da frente porque eu estou passando!. Incrível como tudo aquilo que passa na TV sobre barbáries e mortes no trânsito é a mais pura verdade.
Me impressionou também, saber que o Maluf mandou construir prédios na frente das favelas para tapar a imagem feia para a cidade que elas representam. E assim fica, prédios lindos na frente, a realidade nua e crua por trás. E como parede de um dos barracos de madeira, um cartaz de divulgação do ex prefeito.
A cidade é pura correria, o povo é educado mas não simpático e até os próprios paulistanos se perdem com tantas ruas e avenidas. Quem conhece São Paulo entende o porquê da resistência das mulheres que participam do Vai dar namoro, quadro do programa
O Melhor do Brasil da Rede Record, em conhecerem pessoas de bairros diferentes. É um parto se locomover de um bairro pro outro, e em virtude do gasto emocional e principalmente financeiro, melhor é se relacionar com alguém do mesmo bairro, rua e melhor ainda prédio.
A cidade me dá a impressão de lugar habitado. De pessoas habitadas. O corre-corre, os bares cheios, os pagodes no domingo, os grafites espalhados pelos muros me dão a sensação urbana que eu tanto gosto. Eu adorei São Paulo e assim que puder, volterei novamente.
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