28 de janeiro de 2009

Saindo de relacionamentos vida nova, velhos vícios - Parte 2.

E já que estamos falando de música, falemos das músicas que o nosso Claussio compunha para sua banda. Deve ser fácil compôr quando se está lendo um livro e ao estilo ctrl c ctrl v, pegar frases de impacto de historiadores e transformá-las em verso. Se eu fosse uma intelectual com uma idéia roubada assim, processaria e sem vaselina. Mas ele não se importa com isso, com o perigo! Ele deve pensar em sequestrar os escritores também. Possui um público seleto (seletíssimo) e bastante fiel. Que vai a todos os festivais que a banda participa. Decoram as letras e cantam junto ao vocalista. São amigos, irmãs, pais, irmãos, primos...
Como todo revolucionário, ele devia ter um relacionamento ruim em casa. Isso ele deixava por conta de seu pai. Possuía um amor incondiscional por sua mãe, que era uma fofa. Já por seu pai, um ódio corrosivo. Lá nos muito antigamente, eu ficava tentando entender essa relação. Gastava algumas horas do meu dia pra entender o que levava um pai e um filho a se odiarem tanto. O tempo nos trás praticidade e assertividade, você vai ficando mais seca e não se interessa mais nem pelos motivos que levou seu namorado/ficante a agir de determinada maneira. Não entendia nada de psicologia naquela época, afinal, eu tinha apenas 17 anos. A minha teoria sobre o comportamento do Claussio era que ele depositava todo rancor e ódio do pai na sociedade, e cobrava dela uma relação mais justa. Mas isso tanto faz.
"I see dead people"
O personagem da vez, Claussio, tinha um quê de místico. Ele afirmava ver, ouvir e manter contato com seres mortos e entidades religiosas. E olha que não era através de psicografia e muito menos de centro de macumba, hein! Era como se fossem pessoas vivas. Certa vez, ele estava pegando o ônibus com uma ex-namorada, e ao que ela comentava que só havia os dois no ônibus, Claussio retrucou que havia mais uma pessoa, de chapéu perto da porta; a ex namorada achou que ele estava cheirado de loló, mas se tratava de um morto que só Claussio via. Em outra ocasião, estava em uma casa e ouviu passos e correntes sendo arrastadas, mas não havia ninguém acordado. E já em outra situação, uma entidade segurou firme os braços de Cláussio em uma rua escura e vazia, e disse que nunca iria deixá-lo em paz.


Em um show ele conheceu uma garota que parecia tão empolgada em resolver os problemas sociais quanto ele. E ele me enchia tanto o saco, que passei a comentar o quanto essa garota se parecia com ele, o quanto eles tinham afinidade e até o quanto ela era bonita. E iniciando a lógica estabelecida por mim desde que me relacionei com o dito cujo, o traí mais ou menos no 10º mês de namoro. Terminei pelo telefone mandando ele ir à merda. Prático e simples, sem chororô e sem precisar de explicar ou se preocupar se a pessoa vai chorar ou não.

Hoje o Claussio está casado, com a tal menina empolgada que ajuda nessas causas sociais. Espero que ela goste da idéia de pagar as contas do marido, até as mais bestas como um suco ou a passagem de ônibus. Ou espero que ele tenha mudado. Se bem que este mundo está tão mudado, né... vai saber.

E assim termina a história do nosso anti-herói, ops, quer dizer, apesar de tudo ele é um herói.

Talvez minha amiga realmente não tenha jeito para o amor. Talvez eu também não tenha. Ou talvez seja só uma questão de ajustar a lente pra não enxergar apenas os mesmos caras. Sair do foco vida nova, velhos vícios.

Saindo de relacionamentos vida nova velhos vícios - Parte 1.

Me reuní dia desses com uma amiga que há muito não via. Aquele papo de sempre e acabamos caindo nos relacionamentos. Dizia ela que não tinha jeito para o amor. E será que tem jeito? Ela dizia que por mais que variasse no cardápio masculino, sempre acabava se relacionando com o mesmo tipo de cara. Com alguma ou outra variação, com alguma ou outra intensidade, redondos ou triangulares, eram sempre quadrados. Não me surpreendi nada, nada, escolhemos quase sempre o mesmo perfil afetivo para namorar.

Uma vez estava no show do O Rappa, num domingo, e avistei um cara super estiloso (não, eu nunca vou pela beleza). Me interessei e consegui um jeito de abordá-lo. Ele me deu seu telefone e liguei durante a semana para saírmos. Iria ligar na quinta-feira, pra dar aquele ar de mistério inútil, mas ansiosa que sou liguei na terça e o convidei para ir ao Teatro assistir uma peça raríssima estrelada pela Fernanda Montenegro.

Nos encontramos no local da peça, após a peça, pois o babaca perdeu a hora e eu assisti ao espetáculo sozinha. Fazia um pouco de frio e comentei: "nossa, tá frio hein", na intenção de que ele me abraçasse e já rolasse o beijo. Tudo milimetricamente planejado. Sabe como é primeiro encontro, cada um ressaltando o que tem de melhor de si, aquilo que o outro vai se surpreender e ao mesmo tempo agradar. Ele, que vamos chamar aqui de Cláussio, era um ativista social. Possui uma banda de rock/rap, um tipo de plágio de Rage Against The Machine misturado com O Rappa.

Sabe aqueles loucos revolucionários? Ele era bem assim. Acreditava que um dia, através da sua música e de suas palavras iria alcançar a igualdade social. A sua música seria veículo de manifestação para atingir as autoridades máximas sobre as mazelas do povo. Ele era uma mistura de Che Guevara com Zapata, mas em sua forma mais exacerbada.

Era legal namorar um carinha assim, diferente, que pensa no futuro do povo. Legal? O cara era insuportável. Não tinha outro assunto a não ser a fome em tal lugar, a desigualdade em outro, a pobreza ali não sei onde. Coisas que todo mundo sabe, coisas que todo mundo se choca. Mas uma coisa é emoção e outra coisa é sentimento. É possível ter sentimento sem se emocionar, e se emocionar sem ter sentimento.

E a gente se emociona ao ver as calamidades desse mundo, mas não é por isso que vamos sair por aí na intenção de sequestrar a Juliana Paes, raspar sua cabeça e dar-lhe um choque de realidade para que a mesma use seu poder de influência na mídia para voltar os olhos da sociedade para o sofrimento de milhões. Aliás, nisso ele se empenhava muito. Não precisava de um emprego, ou de estudo. O que ele mais despejava suas forças eram nessas idéias de sequestrar gente influente no maior estilo V de Vingança.

Sua maior vontade era fazer um show durante um comício eleitoral, denunciando e protestando contra as mentiras dos políticos. Tinha a ilusão de que as pessoas sairiam do comício para ouvir o que ele tinha a dizer. Por falar em ilusão, talvez ele não soubesse que a polícia tiraria ele de lá antes mesmo do baterista contar "1,2,3!". Mas tenho a impressão de que já vi alguém fazer isso em algum lugar. Ah, sim, o Zack de La Rocha, vocalista do RATM teve essa idéia primeiro e já pôs em prática. O nosso querido Claussio parece meio copião, não é mesmo?

22 de janeiro de 2009

Comprar cd mesmo sendo disponível na net pra baixar?


A enquete no blog do cantor De Leve é clara e objetiva: Se o CD "De Love" saísse em CD vc compraria mesmo tendo na net de graça? Eu pensei mais que rapidamente, óbvio que ninguém compra se dá pra baixar de grátis, onde até o próprio MC disponibiliza. Mas não é que eu estava errada?! Até hoje 172 pessoas disseram que comprariam sim, 80 não comprariam e eu mais 71 pessoas responderam talvez.

Todo mundo precisa ganhar dinheiro, todo mundo sabe disso. Mas fiquei surpresa ao ver a possibilidade de rolar um cd pago do De Leve, que iniciou sua carreira musical no extinto Quinto Andar, disponibilizando na net à torto e à direito as faixas que ele e seus parceiros gravavam. Quem diria que o rap underground iria se tornar um produto custável e rendável?

Com tanta gente que compraria, talvez eu comprasse também. Mas confesso que só porque ele é muito gatinho mesmo, ele era minha paixonite de adolescente. Do bom humor à malandragem que caracteriza o carioca, o De Leve, para mim é um dos poucos caras que se destacam no rap nacional atraindo novos públicos, sem deixar de ser underground. Quer dizer, nem tanto.

Confira abaixo dois vídeos contendo músicas do De Leve que ganharam o circuito nacional.

O primeiro é da série Cidade dos Homens, episódio Tem que ser agora, aparece mais ou menos no 3:15 minutos. O nome da música é Eu Bolo.




O segundo é do filme Ódiquê, que foi lançado mas não entrou em cartaz no cinema. Tem grandes nomes de atores brasileiros, a música se chama Vai Vendo.

21 de janeiro de 2009

Faça o download do filme SETE VIDAS com Will Smith.

Sem mais delongas, assista a esse vídeo que eu estou muito ocupada com os preparativos para o Carnaval da minha cidade, aquela que todos conhecem como a MARAVILHOSA. Vai ser um tempo ótimo que eu não tenho a mais ou menos um ano e meio. Contatei alguns, mas ainda falta contatar mais pessoas para o nosso grande e intenso encontro de amigos ex alunos do CP2. Claro, como bons universitários fudidos que somos, a Bianca sugeriu que fôssemos pra praia que é de graça e nunca tá fechado. Se você é carioca sabe que quando se fala vou pra praia você está falando de Copacabana, se não você falaria vou para a praia do Flamengo, vou para a região dos lagos. A maioria do pessoal não se encontra a um ano, vai ser uma grande festa.

E chega de falar de mim, o filme Sete Vidas é tão lindo... Aqui tem um o torrent pra você baixar e a legenda também. Aproveita que a qualidade tá ótima mesmo não sendo dvdrip. APROVEITA E BAIXA LOGO. Assista com alguém que você goste muito... como eu fiz, hehe. Ai, ai.


OBS.: Pra baixar as legendas você precisa se cadastrar no site, é rápido e vale muito a pena.

17 de janeiro de 2009

É sempre mais, Filiph Neo talvez estivesse mesmo certo

No casamento do Rafael e da Viviane que aconteceu em dezembro, em uma conversa sem muitas pretensões Filiph Neo e eu falávamos sobre Deus, descrença, ignosticismo, e amor. Dizia ele que é pouco o viver na terra e se acabar aqui. É mínimo todas essas aventuras, todo sofrimento e aprendizado para não ter nada depois, algo que fizesse valer a pena, uma recompensa. Eu respondia dizendo: "vocês cristãos ignoram toda a complexidade de estar vivo, de ter todo um contato com o mundo, toda experiência que é válida, pensando nessa recompensa que só virá quando morrer?!"
Hoje vejo que o Neo não está tão errado assim, ou eu, não sei... só sei que tem coisas que acontecem de uma forma tão perfeita que parece planejado tim tim por tim tim. É sempre mais, toda experiência, toda vivência, é sempre mais.


Por você, do Slim, com participação do Filiph Neo.

14 de janeiro de 2009

No fim do namoro quem tem amigos tem tudo.

Atire a primeira pedra quem nunca se afastou de amizades por ter iniciado um relacionamento. Não é aquela coisa racional, pensada: "bom, agora que estou namorando vou cortar amizades com fulano, ciclano e beltrano". Não. O afastamento se dá aos poucos, negando um convite para ir ao cinema aqui, negando um churrasco ali. Isto é ainda mais comum entre mulheres.

Na hora de se relacionar o esquema funciona à todo vapor, e a mulherada costuma entrar de cabeça e alma na relação mudando muitas vezes toda sua agenda em função do namorado. Quando vê, se afastou dos amigos antigos, fez amigos novos, os chamados amigos do casal. Há quem diga que as amizades têm que entender, e quem é amigo de verdade entende sim. E quando o namoro acaba nada como um colinho de quem você gosta, te conhece e te ama do teu jeito, um colo de amigo.

O amigo tá ali pra ouvir, pra entender, pra criticar quando necessário e principalmente pra ser o chão que não se encontra mais ali presente. Pra quem está no fundo do poço por ter levado um pé na bunda, os amigos funcionam como uma válvula de escape oferecendo uma gama de opções para esfriar a cabeça. Mas para chorumelas e tristeza só há uma saída: chorar na cama que é lugar quente. De nada adianta colocar um monte de sentimentos bons em cima de uma ferida que mais cedo ou mais tarde irá aparecer de novo trazendo um monte de dor. O negócio é curtir e passar pelas fases de tristeza, falta, exaltação e vida normal. Os amigos ajudam, vai por mim.

Muita gente crê na máxima que amor só é bom se doer. Eu que não sou masoquista nem nada, filha de uma geração hedonista, acredito que amor só é bom se der prazer. Entrar em uma relação para sofrer é cristão demais para mim, e eu não estou inscrita nesta lógica de recompensa a longo prazo. O amor deve dar satisfação instantânea, momentânea até porque a vida é mesmo feita de momentos. E se não der, paz e benção, tenta na próxima. Namoros vêm e vão. As amizades não.


PS.: Para quem levou um pé na bunda, vale o desabafo clicando aqui.

12 de janeiro de 2009

Violência Gratuita poderia ser gratuito

Não tenho muito crédito com minha família quando se fala de filmes. E se alguma hora passou pela minha cabeça agradar a todos, esse filme fez tudo ir por água abaixo. O longa Violência Gratuita deveria ser gratuito também, fazendo uma referência ao título. Se você procurar nos mecanismos de busca pelo nome do filme, verá que todos dizem ser uma obra muito polêmica, que divide as opiniões do público em quem ama e quem odeia.

A história se trata de um casal com um filho pequeno que vão passar uns dias na casa do lago que possuem. Enquanto o marido e o filho estão no barco, a mulher da família recebe a visita de um vizinho super educado pedindo ovos que diz ser um pedido dos vizinhos. Um pretexto atrás do outro, o rapaz não quer de jeito nenhum sair de casa, e assim chega o seu companheiro. A partir daí, com a chegada do marido e do filho o jogo de tortura psicológica e física tem início. E a palhaçada também. Tirando Hitchcock que refilmou sua própria obra, o diretor Michael Haneke refez o filme originalmente titulado de Funny Games, 10 anos depois. Tudo no filme é igual ao original, até a casa onde acontecem as torturas. E a violência realmente é gratuita e só me fez pensar: "como americano é babaca". Essa história clichê de entrar em uma casa e torturar os moradores é uma receita de bolo que não deveria mais dar certo. Filme idiota, e se não for gratuito, não o assista!

30 DICAS PARA ESCREVER BEM

Tenho uma pessoa conhecida que precisa urgentemente ler este texto que recebi por email. É uma pena não tenha sido atualizado para que acrescentassem as pessoas que escrevem falo querendo dizer falou, mora querendo dizer morar, e por aí vai. Para esta pessoa, e para todos que se sintam necessitados:



30 DICAS PARA ESCREVER BEM
Autor: Professor João Pedro da UNICAMP

1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc.

2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico.

3. Anule aliterações altamente abusivas.

4. não esqueça as maiúsculas no inicio das frases.

5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.

6. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário.

7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.

8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou??…então valeu!

9. Palavras de baixo calão, porra, podem transformar o seu texto numa merda.

10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações.

11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.

12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: “Quem cita os outros não tem ideias próprias”.

13. Frases incompletas podem causar

14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma idéia várias vezes.

15. Seja mais ou menos específico.

16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!

17. A voz passiva deve ser evitada.

18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula pois a frase poderá ficar sem sentido especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação

19. Quem precisa de perguntas retóricas?

20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.

21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.

22. Evite mesóclises. Repita comigo: “mesóclises: evitá-las-ei!”

23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.

24. Não abuse das exclamações! Nunca!!! O seu texto fica horrível!!!!!

25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão da idéia nelas contida e, por conterem mais que uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diversos componentes de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.

26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa portuguêza.

27. Seja incisivo e coerente, ou não.

28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre e estar causando ambigüidade, com certeza você vai estar deixando o conteúdo esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo. E como você vai estar lendo este texto, tenho certeza que você vai estar prestando atenção e vai estar repassando aos seus amigos, que vão estar entendendo e vão estar pensando em não estar falando desta maneira irritante.

29. Outra barbaridade que tu deves evitar chê, é usar muitas expressões que acabem por denunciar a região onde tu moras, carajo! ..nada de mandar esse trem…vixi..entendeu bichinho?

30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá aguentar já que é insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar.

10 de janeiro de 2009

Seda - A vida não pode esperar (Nem meu cabelo)


Entre mitos e verdade sobre os produtos da linha Seda, destaca-se a máxima que o Seda quebra o cabelo. Seu cabelo cai, pouco a pouco quebrando e você nem se dá conta. Põe a culpa na chapinha, põe a culpa no secador, põe a culpa no sol, põe a culpa no aquecimento global. Quando trabalhei em uma rede de drogarias do Rio de Janeiro, a linha Seda vendia como água no deserto. Era uma fixação pelo Seda Ceramidas, Keraforce, Hidraloe, AntiFrizz que eu gritava "PELAMORDEDEUS MINHA FILHA, COMPRE UM SHAMPOO SEM SAL! Eles agridem menos o cabelo!" Entrava por um ouvido e saía por outro. Eu continuei fazendo a minha parte, dizendo que gastassem um pouco mais em um shampoo sem sal e com matéria-prima que reestrutura a fibra capilar. Isso soava como a vendedora que queria ganhar comissão em cima de tal produto. Antes fosse. Segui o conselho que eu mesma dava para minhas clientes e 3 anos se passaram até que aconteceu.
Depois de um dia inteiro (e maravilhoso) na praia de Mariscal, mergulhando no mar feliz da vida, coisa rara de se ver, já que nunca quero me livrar da chapinha na praia e parecer um belo boneco espantalho passado na areia, cheguei em casa e fui tomar banho. Ao me deparar com a prateleira do box VAZIA, ouvi a fatídica música do filme Psicose no meu ouvido. Me desesperei ao ver que só ali estavam os produtos de cabelo da minha cunhada: Seda Ceramidas. Meu mundo desabou. Precisava lavar o cabelo urgentemente, ao passo que via um filme em minha cabeça com todos os momentos que lavei o cabelo com aqueles shampoos tão caros, tão... importados, de R$30,00 pra cima! Vi aquele frasco tão rosinha, olhando pra mim, e o meu cabelo como uma palha olhando para ele. Não tive saída, pedi licença para minha cunhada e despejei sobre minha mão. Há tempos eu não via um shampoo render tanto, e deixar o cabelo tão macio. O Seda mudou temporariamente a minha opinião. Como diz a campanha, a vida não pode esperar, muito menos o seu cabelo!

7 de janeiro de 2009

Confira os 18 selecionados para o Big Brother 9

MAIS DO MESMO....



Essas são as caras lindas que irão protagonizar o reality show falido que a Rede Globo insiste em promover. A notícia boa veio a cavalo, esta edição será a nona e a última. No blog da produção do programa o clima é de muita revolta. Os telespectadores acham os novos moradores da casa vigiada velhos, feios e com grana demais para merecerem ser vistos, acompanhados e ganhadores do prêmio. A edição conta também, com dois participantes da 3ª idade, o que causou controvérsias entre os viciados em bbb. Alguns defendem a idéia de que o famigerado premio deve ir para as mãos de quem realmente necessita desse dinheiro, o que não faz parte do perfil dos candidatos a milionário. A casa está composta por jornalista, modelos, empresários, radialista e ator, promotores de eventos, 3 advogada (!), matemáticos cursando doutorado em Engenharia Mecânica, assessora de imprensa, artista plástico, fonoaudióloga, etc. Outros, contrários a esse ponto de vista, acreditam que o programa é de entretenimento e não de auxilio aos pobres. Mas todos concordam, é a edição mais fraca em beleza dos participantes. Espera-se que o que falta em beleza sobre em conteúdo.

A dúvida que não quer calar: com 26 estados mais um Distrito Federal, qual foi o critério para colocarem 3 pessoas do Rio Grande do Sul?

6 de janeiro de 2009

Lívia, parte 4

Eu já havia namorado uma vez, quando era nova, devia ter uns 16 anos. Ele era alguém que conheci na escola, jogava no time de xadrez e eu amava aquele ar de intelectual que emanava. Perdi com ele minha inocência, fazíamos amor sempre que podíamos, na escada, na sala de aula depois que se encerrava o turno, na arquibancada do campo de futebol. Não tínhamos limite. Um dia o flagrei com uma menina, acariciando seu cabelo, enquanto ela, toda derretida, sorria e mexia e cruzava as pernas. Tática feminina que nunca falha, sempre dá a entender que estamos interessadas. Ele a beijou e eu fui para casa chorando. Ao ser questionada pelo meu único irmão, mais velho e mais experiente que eu, me disse: "os homens são assim, não importa o quanto você lhes despenda de carinho, de amor, de sexo, o que for, eles sempre vão te magoar, não acredite em nada, não acredite em ninguém. Homens estão sempre em busca de uma única coisa, sexo, apenas isso. Até aparecer outra garota ele vai ficar com você. Eles vão prometer amá-la, vão prometer estar com você, vão jurar por Deus que você é a coisa mais preciosa em suas vidas, vão dizer que não são como os outros, você vai acreditar porquê é mulher e eu não faço idéia de porque raios as mulheres sempre acreditam". Eu acreditei no meu irmão e desde então minha vida tem sido assim. Sem relacionamentos, sem dor.


Saí para fazer mais um programa. Estava com um short jeans bem justo, fazendo o contorno do meu quadril, minha bunda, e delineando bem minhas pernas. Coisa rara é se ver garotas de programa na rua cobrindo a parte que os homens mais admiram nas mulheres. Estava com uma blusa preta, brilhosa, que cobria meus seios e só deixava a mostra minha barriga se eu me inclinasse. Mas fazia um contorno perfeito da minha cintura. E meu cabelo perfeitamente penteado. Até que ele apareceu, tão moreno que parecia ter saído de um dia inteiro na praia. Sua barba era detalhadamente aparada. Usava a melhor camiseta e a melhor calça. Tinha a fala mansa e a voz meio rouca. Disse que me achou linda e queria passar a noite comigo, independente do preço. O seu carro não era grande coisa, estava um pouco sujo devido aos fortes temporais dos últimos dias, e além disso tinha uma batida na lateral. Entrei no carro e ele me perguntou o que eu queria ouvir, se eu tinha um quarto ou se era necessário ir pro motel. "Motel, por sua conta, e o programa já começou", disse a ele que arregalou os olhos pra mim e bateu continência. No quarto que ficamos havia um mastro e logo a frente uma poltrona, ele se sentou e eu lentamente fui tirando minha roupa. Tirava uma peça e jogava nele, enquanto ele cheirava minha roupa e delirava com cada movimento meu. Eu descia e subia naquele mastro, segurando firme como se estivesse segurando seu pênis. Ele me mandava virar de costas e abaixar. Eu obedecia. Assim como fazia com tudo o que ele me pedia. Sentei em seu colo e comecei a tocá-lo com meu corpo, sentindo seu calor, ele era mais quente que os outros homens com quem já dormi, era um calor que me fazia querer estar cada vez mais perto. E ele beijava meus seios como quem beijava a boca de uma virgem, cheirava meu pescoço, segurava meus cabelos, e com a outra mão acariciava minha cintura, fizemos amor ali mesmo. Ele me colocou frente a frente com seu membro me perguntando se eu queria, sem ao menos tempo para a resposta senti um líquido ácido escorrendo pela minha boca. Engoli, era doce e logo após me veio com uma taça de champanhe. Ao contrário dos que pagam por uma noite inteira, ele não quis mais sexo, e ficamos conversando por horas a fio, até que o dia amanhecesse. Só de manhã vi que seus olhos eram castanhos. Castanhos... a cor da verdade.

2 de janeiro de 2009

Resoluções de ano novo - Metas para 2009

Nada como começar o ano com uma humilde listinha de objetivos a serem alcançados, não é mesmo? Minha lista tem um pequeno detalhe, é raríssima a possibilidade de alcançá-los neste ano que inicia é constituída por apenas 2 itens! Mas constitui-se de degraus para que UM DIA (...) eu possa usufruir destes benefícios da vida moderna! Esse ano de 2009 será o próximo passo de um próximo ciclo, de uma próxima fase de um novo versículo (Mr. Break). Portanto... aí vai minha lista!



C3 PLURIEL
Não é um carro, é um espetáculo! O volante dele é regulável em profundidade e altura. Quando totalmente aberto, o teto recolhe sobre o óculo traseiro de modo a que ambos se alojem sob o piso da bagageira e então na configuração "cabriolet". Possui teto de lona e arcos removíveis, virando ao desejo do proprietário um lindo conversível.







RESIDÊNCIA EM BRASÍLIA

É a quarta maior cidade do Brasil e possui o segundo melhor PIB per capita. Morei lá dos 9 aos 15 anos. É o lugar que considero ideal para criar os filhos e ter a vida sossegada do interior com os benefícios de uma cidade grande. Brasília é classificada como Patrimônio Cultural da Humanidade. Se você é de Brasília, vai se identificar....
Você se sente confortável com a umidade de 10%
Você conhece os ministros e deputados como " O pai daquele cara da faculdade"
Ao dirigir você fica meio paranóico com os limites de velocidade
Você de fato para o carro na faixa de pedestre
Você acha normal um PM a cada cruzamento
Você tem medo de jogar lixo pela janela do carro
Ouve dizer "é bem pertinho" e pensa tranquilamente em 50 km
Se sua memória não falha vc entende o que é Carranquinha
Você sabe que estão falando quando perguntam "conhece alguém da dois"?
Todo fim-de-semana você tem um churrasco
Você se sente à vontade com endereços em coordenadas cartesianas
Sabe que se for a um endereço nas 300, 100, e 200 irá a um apartamento bom, na 400 terá que subir escadas, na 700 vai ter de procurar vagas nas calçadas das casas e que se for ao Sudoeste corre o risco de que a quadra ainda não esteja asfaltada!
Quando começam as chuvas você escuta " esse ano vai chover como nunca"
Quando param a chuvas você escuta "esse ano a seca vai ser braba"
Você chama os amigos de seus pais de "tio" e "tia"
Você vê alguém fazer barbeiragem no trânsito e diz "Só pode ser Goiano"
Acha que de mar o nosso céu não tem nada, e na primeira oportunidade dá uma escapada para praia
Odeia quando chega os parentes querendo conhecer a torre e a esplanada
Você reclama para o amigo: " Não tem nada para fazer nessa cidade...
"Mas fica indignado quando alguém de fora reclama que em Brasília não tem nada para fazer.
Você chama o Nativos de "repetitivos" ou "enjoativos"
Você já foi convidado para passar um final de semana na Chapada, literalmente pra ficar "chapado".
Você sabe qual é a profecia de Dom Bosco
Você reluta reclama e acaba indo comer pizza na Dom Bosco ou no Primo Piatto
Sabe perfeitamente o que significa quando alguém diz "Eu moro no Lago"
Quando vai a outra cidade fica indignado e não entende porque construíram ruas tão estreitas com tanto cruzamento
Vê crianças gostarem tanto de descer para brincarem "debaixo do bloco"
Pelo menos cinco pessoas que você conhece fazem Direito
Fica puto quando te perguntam se já viu o presidente
Você vê o dia começar friosinho, acha perfeitamente normal que às onze esteja fazendo um puta calor, à tarde toda esteja muito muito quente e seco, à noite frio novamente ou até mesmo desabando um temporal, isto além de a chuva ter iniciado e parado cinco vezes durante o dia ou a tarde
Você não tem a menor noção do que seja uma esquina de paralelepípedos
Você acha que casa com piscina é a coisa mais normal do mundo
Chama o Parque da Cidade de Píton... e já até brincou no foguete do Parque
Até hoje chama o mercado Pão de açucar de "Jumbo"
Você sabe que "Ir ao Gilberto" não quer dizer visitar alguém
Você sabe que a Tesourinha não corta nada e que o Balão não tem ar
Você classifica "montanha" como substantivo abstrato
Você sabe definir termos com "mala" e "dodó" com exatidão
Você sabe quem é o Venâncio
Se vai a The Beer é playboy, para 109 é largado, e para o pagode é dodó ou mala
Sabe que Samambaia não é uma planta !
Você diz "Vou ao Shopping" sabendo que isso só pode siginificar ir ao
Parkshopping se não diria "Vou ao Pátio"
Sabe que uma boate da moda não dura mais que três meses
Você vai ao Pier aos domingos, assiste um filme e depois lancha no Marieta Café
Você sabe que pardal não é uma ave
Paga trinta reais para entrar numa festa de galpão no SIA e não reclama
Já ouviu falar em Hélio Kessler e Neto Salut
Já passou um carnaval ou feriado em Caldas Novas
Adora dizer para quem não mora em Brasília ou não gosta " Já dizia Renato Russo: Nesse país melhor lugar não há"
Morre de rir, ou de raiva nas vésperas de feriados, quando te dizem "o último que sair (da cidade) apaga a luz".
Sempre que viaja é perguntado de qual gangue vc pertence, e se vc já queimou algum índio
Vai a churrascos onde o traje básico das meninas é jeans e bolsa da Victor hugo. Biquíni, nem pensar...
Conhece no mínimo 10 pessoas que nunca foram ao Rio de Janeiro e tem mais sotaque do que os caras de lá.
Fica puto quando pessoas de fora te chamam de Candango e você tem que explicar que candangos foram os caras que construíram a cidade e que você é BRASILIENSE!!!!!!