10 de março de 2009

Portabilidade amorosa (e telefônica também)

A portabilidade numérica chegou ao Brasil em 2008, mas somente em março de 2009 é que todo o país pôde se beneficiar de manter o número e trocar de prestadora de serviços. Mas não é da portabilidade numérica que vou discorrer. É sobre a portabilidade amorosa.
A portabilidade amorosa chegou ao mundo desde que... desde sempre. Desde que terceiros passaram a habitar a terra depois de Adão e Eva. Funciona quando você deseja migrar de uma prestadora de serviços para outra. Quem migra mantém os mesmos vícios, as mesmas manias, as mesmas idéias, só muda a freguesia. E se a prestadora atual não estiver no perfil do usuário troca-se novamente.
Todo mundo pode mudar de prestadora de serviços. Buscar uma prestadora que atenda melhor ao seu estilo de vida, que ofereça uma relação custo benefício mais lucrativa, que ofereça bônus e agrados ao usuário. Você merece mesmo. Até aí tudo bem.
O problema vem (ou não) quando a prestadora atual, percebe que perderá mais um cliente para a concorrência.
Para cancelar o contrato é um sacrifício. Há os que consigam cancelar pelo telefone, como eu os invejo! É tão mais simples. Há os que prefiram cancelar o contrato pessoalmente, envolvendo muitas vezes agressões verbais, quando não físicas. Antes de cancelar de vez o contrato, o grito desesperado da prestadora de serviços. Promete bônus, agrados, assistência, e outras coisas que não fez quando era a prestadora reinante.
Há os que não resistem nesta dura batalha e perecem, aceitam a nova proposta da prestadora atual. Esquecem que relacionamentos obedecem a círculos viciosos e que estes planos adicionais prometidos sempre tem prazo de validade.
Mas há também os guerreiros, que firmes e fortes ultrapassam esta difícil etapa e partem rumo à nova operadora! A nova operadora, percebendo a possibilidade de o usuário manter-se na anterior, oferece mais serviços a um preço menor, o que acaba sendo mais valorizado pelo consumidor cansado de sofrer.
E o consumidor otimista reza para que esta não se torne parecida, ao menos de longe, com a anterior!

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