12 de março de 2009

Produção cultural e cultura de elite: eu separo.

Sou assumidamente popular. Não tenho o menor problema de verbalizar isso, até porque muitas das coisas que grande parte das pessoas considera como sub cultura, eu considero como produção cultural de uma determinada população. Sempre separei cultura de elite de produção cultural. Até os nove anos de idade morei em São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro. Lá, tive a oportunidade de conviver com paraenses, maranhenses, piauienses, cariocas e muitas outras pessoas que me propiciaram vivências extremamente ricas, desde musicais até alimentares. E como me orgulho de poder ter convivido com pessoas tão diferentes e com tanto pra mostrar. Hoje eu posso chorar com uma música do Fagner, achar que uma determinada música do Calypso diz muito sobre meu momento atual, me identificar com uma música da Alcione. E assim eu sigo, andando e vivendo. As músicas populares trazem uma bagagem grande de conteúdos emocionais e extremamente verdadeiros, que muitas vezes eu não identifico nas músicas de cultura de elite.
Mas existem aquelas músicas, as chamadas músicas ruins que são boas, que não tem nada de visivelmente atraente, mas se tornam interessantes.  No meu caso, meu irmão do meio vivia cantarolando trechos dessa música. Cantarolando, estou sendo boazinha, ele enchia o saco mesmo. Ele era um grande fã do tal cantor, o Magalhães. Hoje, dando uma olhada básica nos blogs por aí, achei esse clássico do funk carioca, o rap do trabalhador.



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