3 de maio de 2009

Como me tornei vingativa - Parte 2

Não fiquei tentando entender o porquê de ela ter sido tão falsa em nossa amizade. Já havia ouvido casos de pessoas tentando puxar o tapete da outra no trabalho, então para mim isso não era exatamente pessoal. A única coisa que me passava pela cabeça era: ela mexeu com a pessoa errada.
Foi então que quando cheguei ao trabalho no dia seguinte a convidei para tomar uma cerveja após o expediente, a intenção era fazermos um esquenta e depois seguirmos para uma festa em outra cidade. Ela, festeira que só vendo, aceitou mais que prontamente. 1/3 do plano havia sido resolvido. Me referindo ao tal cara que me contou da fofoca envolvendo meu nome, dizia com frequência entre os assuntos que conversávamos: "Ahh... essa garota merece se fuder por querer puxar o tapete dos outros... se eu fosse homem pegava só pra esculaxar. Você sabe que eu evito brigas físicas e discussões, mas eu adoraria vê-la sendo feita de otária por um cara."
E assim se seguiram meus dias até a sexta feira. Quando o tal cara ligava para minha mesa me contando mais novidades que ela havia dito sobre mim para o diretor, eu sempre soltava que ela merecia ser esculaxada para aprender a ser gente.
Somando-se a isso, a garota era louca por esse cara. Ele era um cara realmente atraente, moreno queimado de praia, cabelo preto, porte atlético, essas coisas. E vivia dando em cima dele, o convidando para sair e ele sempre negava, dizia que ela parecia o bebê jupteriano do Chapolin. Ela dizia por diversas vezes a ele, que iria dar uma canseira tão forte nele que ele não se arrependeria. Ele respondia que mulheres como ela só davam canseira porque depois de uma bimbada grudam como chiclete. Cafageste identificado, biscate doidinha pra dar. Estava tudo dando certo.

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